Muitas pessoas associam a perda de memória ao Alzheimer, mas essa não é a única condição que pode causar demência.
Existem outros tipos, cada um com características próprias e diferentes formas de evolução.
Entender essas variações é essencial para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
O que é demência?
A demência não é uma doença específica, mas um termo que engloba várias condições que afetam a memória, o raciocínio e a capacidade de realizar tarefas do dia a dia.
Embora o Alzheimer seja o tipo mais comum, existem outras formas de demência que também comprometem a qualidade de vida dos pacientes.
Tipos de demência além do Alzheimer
- Demência vascular
Ocorre devido a problemas na circulação sanguínea do cérebro, geralmente após um AVC ou múltiplos pequenos infartos cerebrais.
Os sintomas podem surgir de forma repentina e incluem dificuldades cognitivas, confusão e alterações de comportamento.
- Demência com corpos de Lewy
Caracterizada por acúmulos anormais de proteínas no cérebro, essa condição pode causar alucinações, problemas motores semelhantes ao Parkinson e oscilações no nível de alerta ao longo do dia. - Demência frontotemporal
Afeta principalmente a região frontal e temporal do cérebro, comprometendo o comportamento e a linguagem.
Os pacientes podem apresentar mudanças de personalidade, impulsividade e dificuldade para se expressar.
Essa forma de demência costuma surgir mais cedo do que o Alzheimer, afetando pessoas entre 40 e 65 anos.
- Demência associada ao Parkinson
Pessoas com Parkinson podem desenvolver sintomas de demência em avanços avançados da doença, apresentando lentidão no pensamento, dificuldades na tomada de decisões e problemas de memória. - Demência reversível
Algumas condições, como deficiência de vitaminas, distúrbios da tireoide e infecções, podem causar sintomas semelhantes à demência, mas são tratáveis.
Por isso, é essencial buscar um diagnóstico correto antes de assumir que a perda de memória é permanente.
Quando procurar um médico?
Esquecimentos ocasionais fazem parte do envelhecimento natural, mas quando a perda de memória interfere na rotina, vem acompanhada de mudanças de comportamento ou dificuldade para realizar tarefas simples, é importante procurar um especialista.
O diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença, permitindo o controle dos sintomas e garantindo mais qualidade de vida ao paciente.
Se não houver sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo, busque orientação médica para um acompanhamento adequado.
Dr. Davi Klava
Neurologia
CRM 139275
